Histórico
Desde a sua criação em 1971, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental foi um centro polarizador do ensino de pós-graduação na área, atendendo às demandas de Engenheiros de todo o país e, principalmente, dos oriundos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O seu pioneirismo conduziu, naturalmente, à sua principal característica e vocação: o atendimento às demandas regionais por formação de pessoal, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, transferência de tecnologia e serviços técnicos especializados. A inserção das problemáticas regionais como objeto de trabalho e a incorporação do viés ambiental à maioria das linhas de pesquisas, nas áreas de concentração, foi formalizada na mudança de nome do Programa em 2002.
O Programa tem, portanto, um longo histórico de formação de mestres, com mais de 700 titulados até o presente.
O PPGECA se beneficiou, historicamente, da precoce internacionalização da UFPB, com cooperações com o Canadá (CIDA), França (Orstrom/IRD, Cirad), Japão (JICA, JSPS, Monbusho), Alemanha (GTZ, DAAD, DLR, BMBF) e Reino Unido (DFID, Conselho Britânico). Essas cooperações aportaram professores estrangeiros ao Programa, particularmente nos primeiros 20 anos de existência. Essas cooperações propiciaram também, a formação internacional de gerações de alunos de graduação e mestrado da UFPB/UFCG, e egressos que realizaram sua formação doutoral naqueles países.
Desde 2010, o PPGECA tem se preparado para a implantação de um curso de doutorado (a maioria dos docentes tem atuado em doutorados integrantes de programas institucionais e interdisciplinares na UFCG), o que veio a se concretizar em 2017. A última fase deste processo, a partir de 2012, aprofundou a intensa discussão visando sua modernização e aumento do seu conceito junto à CAPES. Em um Programa com quase 45 anos de existência, este processo não tem sido fácil, pois implicou em descredenciamento de docentes, alguns deles antigos e verdadeiros pilares científicos do Programa, e em mudanças significativas do modus operandi da transformação da produção científica expressa nas dissertações em produção qualificada. Houve, portanto, redução do quadro docente aos mais produtivos segundo os critérios da avaliação e a introdução de mecanismos de indução da publicação da produção proveniente das dissertações em periódicos bem classificados pela CAPES. É de se destacar que o Programa sempre teve um número bastante satisfatório de alunos, um baixíssimo nível de desistências ou insucessos, dissertações bem avaliadas pelos examinadores externos, significativa captação de recursos através de projetos de pesquisa, entre outros indicadores de produção e reputação científicas.
A mudança, ora em curso, inverteu a tendência de queda e os indicadores atualmente têm apresentado crescimento. Ao lado dos novos mecanismos de recredenciamento docente e de aumento da “produtividade qualificada” introduzidos nas normas do Programa, foram estabelecidos incentivos de acesso, ao Programa, por jovens docentes da Universidade, que atuam em co-orientações de dissertações e participam das equipes dos projetos de pesquisa, para garantir a renovação gradual do corpo docente. Estes são os mecanismos de sustentação em curto, médio e longo prazos, cuja implantação foi consolidada em 2013 e cujos resultados culminaram na aprovação da proposta de criação do doutorado em meados de 2015. Ao final de 2016 ocorreu o primeiro processo seletivo integrado (mestrado e doutorado) e em 2017 houve o início do curso de doutorado com os 10 alunos selecionados dentre um número muito grande de inscritos, consolidando assim o PPGECA como um programa de excelência de grande relevância na formação local, regional e nacional. Para 2018, o doutorado passa a ser ofertado nas duas áreas de concentração do Programa, o que amplia o número de vagas nesta modalidade.
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