Histórico
O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental foi criado em 1971 com o curso de mestrado e, a partir de 2010, começou a articular a implantação do curso de doutorado. A intensificação das discussões ocorreu em 2012, visando a concretização de estratégias para a modernização e ampliação do conceito junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), visando a possibilidade de criação de um nível de Doutorado.
O nível de doutorado já havia sido criado no início da década de 1990, mas foi descontinuado, poucos anos após sua criação, para adesão ao planejamento institucional da então UFPB/Campina Grande, à época, de criação de “doutorados temáticos interdisciplinares”. Os docentes do PPGECA passaram a atuar, em nível de doutorado, nos novos cursos de doutorado em Recursos Naturais (áreas de recursos hídricos e saneamento ambiental) e em Engenharia de Processos (área de geotecnia), a partir de meados dos anos 1990. A avaliação CAPES era realizada, à época, por cursos de mestrado e cursos de doutorado, em separado. Com a verticalização da avaliação e o novo conceito de PPG implantados pela CAPES alguns anos depois, o PPGECA iniciou o processo de criação do nível de doutorado.
Em 2013, uma comissão de professores foi criada no âmbito do Programa para discutir as questões relativas ao credenciamento de docentes (Comissão de Credenciamento do PPGECA). O processo de mudança de categoria de Docente Permanente para Docente Colaborador e para o descredenciamento foi complexo, logo este documento continua sendo rediscutido e aprimorado todos os anos a fim de permitir um quadro docente que atenda aos critérios de produtividade individual sugeridos pela CAPES. Esse documento é amplamente divulgado entre os professores para permitir um planejamento individual.
Em abril de 2014, a regra de credenciamento de docentes foi aprovada em Colegiado e reunião de professores. Neste mesmo ano, foram estabelecidos procedimentos que têm contribuído para a redução do tempo de titulação e do índice de desistências: seleção rigorosa, escolha de orientadores ainda no início do curso, calendário rigoroso de cumprimento dos créditos nos primeiros 10 meses de curso, atividades oficiais do Programa para acompanhamento da execução das dissertações (apresentação e defesa do Plano de Pesquisa, em torno do 14º mês, e da “Pré-Defesa”, em torno do 19º mês para omestrado e um cronograma semelhante para o doutorado desde que foi criado).Em 2015 ocorreu a redação da nova resolução do Programa; a submissão da proposta de doutorado; e o estabelecimento da norma de estágio docência para regulamentar a atividade e minimizar problemas diagnosticados pelo colegiado.
A partir de 2016, o PPGECA passou a funcionar considerando as suas duas áreas de concentração (Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental; Geotecnia) com suas novas linhas de pesquisa e novas disciplinas; foram definidas normas internas para operacionalização do doutorado a partir de 2017; a análise anual da produtividade docente foi aprimorada para não apenas definir as situações de credenciamento e descredenciamento, mas também para o estabelecimento do quantitativo de vagas para orientação a serem divulgadas no edital subsequente. Esta ação, aprovada pelo colegiado, visou uma distribuição mais justa das vagas de mestrado e doutorado, proporcional à produtividade qualificada dos docentes.
Em 2017 o curso de doutorado foi iniciado e começou-se a realizar atividades voltadas para o incentivo ao aumento da internacionalização dos grupos de pesquisa por meio de projetos de cooperação (institucionais ou não); para o estímulo ao doutorado sanduíche entre os alunos, a partir do segundo ano do seu ingresso no PPGECA, tanto na utilização de cotas institucionais do Programa quanto nos editais de fluxo contínuo e ampla concorrência; para o envolvimento maior da comunidade discente a partir de representação discente efetiva nas reuniões do colegiado e uma maior aproximação da coordenação com os alunos.
Em 2018, foram criadas as normas para realização dos seminários de pesquisa (nível de mestrado e doutorado) para acompanhamento do andamento das pesquisas; de Concessão e Permanência de Bolsas; e Coorientação de Doutorado e Mestrado.
Em 2019, buscou-se a continuação dos processos voltados para o aumento, aprofundamento e estreitamento das interrelações entre linhas de pesquisa e áreas de concentração, para propiciar, cada vez mais, a formação integral em Engenharia Civil e Ambiental; acompanhamento do trabalho de formação integral do aluno, incluindo o incentivo à inserção maior na dinâmica executiva dos projetos de pesquisa, a melhor elaboração de publicações científicas; realização de avaliação sistemática, pelos alunos, do corpo docente, das disciplinas, da secretaria e da coordenação do PPG, para aprimoramento do Programa; implantação do processo de autoavaliação sistemática e de adaptação ágil do Programa ao contexto acadêmico altamente mutável e incerto nas esferas nacional e internacional.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), ao final do ano de 2019, liderou o processo de inserção dos programas de pós-graduação na atualização do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFCG (PDI-UFCG) para o período 2020-2024. Todos os PPGs da instituição atualizaram suas autoavaliações, que foram discutidas em reuniões de coordenadores e consolidadas para subsídio ao PDI-UFCG. O PPGECA criou uma comissão responsável por esta tarefa que, além da autoavaliação, estabeleceu metas para serem cumpridas entre 2020 e 2024.Esse documento, além de ter sido enviado e discutido na PRPG, também foi enviado para os docentes para eles adaptarem seu planejamento para as metas estabelecidas.
No ano de 2020, a norma de seminários, atividades obrigatórias para os discentes do mestrado e do doutorado, foi atualizada e o Portal de Sistemas Integrados (PSI) Institucional foi aprovado e implantado, permitindo a informatização de processos rotineiros, como matrícula trimestral dos discentes e registro de aulas e atividades avaliativas.
Desde a sua criação em 1971, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental foi um centro polarizador do ensino de pós-graduação na área, atendendo às demandas de Engenheiros de todo o país e, principalmente, dos oriundos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O seu pioneirismo conduziu, naturalmente, à sua principal característica e vocação: o atendimento às demandas regionais por formação de pessoal, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, transferência de tecnologia e serviços técnicos especializados. A inserção das problemáticas regionais como objeto de trabalho e a incorporação do viés ambiental à maioria das linhas de pesquisas, nas áreas de concentração, foi formalizada na mudança de nome do Programa em 2002.
O Programa tem, portanto, um longo histórico de formação de mestres, com mais de 700 titulados até o presente. O PPGECA se beneficiou, historicamente, da precoce internacionalização da UFPB, com cooperações com o Canadá (CIDA), França (Orstrom/IRD, Cirad), Japão (JICA, JSPS, Monbusho), Alemanha (GTZ, DAAD, DLR, BMBF) e Reino Unido (DFID, Conselho Britânico). Essas cooperações aportaram professores estrangeiros ao Programa, particularmente nos primeiros 20 anos de existência. Essas cooperações propiciaram também, a formação internacional de gerações de alunos de graduação e mestrado da UFPB/UFCG, e egressos que realizaram sua formação doutoral naqueles países.
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